A morte nos faz cair em seu alçapão, / É uma mão que nos agarra / E nunca mais nos solta. / A morte para todos faz capa escura, / E faz da terra uma toalha; / Sem distinção ela nos serve, / Põe os segredos a descoberto, / A morte liberta o escravo, / A morte submete rei e papa / E paga a cada um seu salário, / E devolve ao pobre o que ele perde / E toma do rico o que ele abocanha.
(Hélinand de Froidmont. Os Versos da Morte. Poema do século XII. São Paulo : Ateliê Editorial / Editora Imaginário, 1996. 50, vv. 361-372)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Meio século de paz

Exército comemora os 50 anos do mausoléu dos pracinhas mortos na Segunda Guerra

O monumento localizado no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro foi inaugurado em 1960 e abriga os restos mortais dos pracinhas brasileiros que lutaram e morreram na Itália. Foto: Fernado Dallacqua, 2005. Imagem disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_aos_Mortos_da_Segunda_Guerra_Mundial

Por Cristina Romanelli. Nota publicada na seção "Em Dia", página 10, da Revista de História da Biblioteca Nacional [versão online: http://www.revistadehistoria.com.br], Nº 59, Ano 5, de [01 de] Agosto de 2010.


A Segunda Guerra Mundial acabou em 1945, mas os corpos dos 462 pracinhas só voltaram do Cemitério Brasileiro em Pistoia, na Itália, em 1960. A ideia era repatriá-los de imediato, mas a lei italiana só permitiu que fossem retirados do local muito tempo depois. No mesmo ano, foi inaugurado o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Este mês, são comemorados os 50 anos do mausoléu, com apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais e exposição de equipamentos e viaturas militares.

Selecionado em um concurso com mais de 20 projetos arquitetônicos, o desenho de Hélio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto sofreu alterações durante as obras. “Em vez de uma mãe carregando o pracinha morto, foi erguida a estátua dos três pais da pátria, que representam o Exército, a Aeronáutica e a Marinha”, conta o historiador Francisco César Ferraz, da Universidade Estadual de Londrina.

No mausoléu, há 15 jazigos sem nomes gravados. Eles pertencem a mortos não identificados, e um deles passou a simbolizar o “Soldado Desconhecido”. De acordo com Ferraz, o cemitério de Pistoia também guarda os restos de um soldado brasileiro desconhecido. Ao lado dele foi instalado um marco em homenagem aos combatentes.

Serviço:

O monumento fica na Avenida Infante Dom Henrique, 75 – Glória.
Visitas de terça a domingo, das 10h às 16h.

Veja também o site oficial do "Monumento Nacional aos Mortos na Segunda Guerra Mundial - MNMSGM" que é uma Organização Militar subordinada à Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército:

Nenhum comentário:

Postar um comentário