A morte nos faz cair em seu alçapão, / É uma mão que nos agarra / E nunca mais nos solta. / A morte para todos faz capa escura, / E faz da terra uma toalha; / Sem distinção ela nos serve, / Põe os segredos a descoberto, / A morte liberta o escravo, / A morte submete rei e papa / E paga a cada um seu salário, / E devolve ao pobre o que ele perde / E toma do rico o que ele abocanha.
(Hélinand de Froidmont. Os Versos da Morte. Poema do século XII. São Paulo : Ateliê Editorial / Editora Imaginário, 1996. 50, vv. 361-372)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Espanha: Descoberto o cemitério mais antigo do mundo

 
 Restos de Homo heidelbergensis ( 300.000 a 500.000 anos) com meia mandíbula humana, um Occipital , a terceira falange do dedo mínimo do pé e um úmero. / J. Mestre


Notícia publicada em 27/07/2012 no site do HISTORY CHANNEL (http://www.seuhistory.com/noticias/noticia-408.html).


Os diretores das escavações de Atapuerca, na Espanha, anunciaram a descoberta do santuário mais antigo do mundo após encontrarem de restos mortais humanos enterrados numa zona nos arredores da montanha de Burgos. Os achados são a terceira falange distal do pé de uma criança, partes de uma mandíbula, um osso occipital e um úmero.
 
Estes restos pertencem a indivíduos da espécie Homo Heidelbergensis, que habitaram a região há 300 mil e 500 mil anos, e cuja escavação é considerada a maior em quantidade de fósseis humanos em todo o planeta.

Esta descoberta permite comprovar que o local conhecido como Sima de los Huesos foi o primeiro lugar de sepultamento da humanidade e também pode ser considerado o primeiro santuário, levando-se em conta as evidências de rituais funerários ali realizados.
 
O sepultamento de corpos é considerado um dos marcos fundamentais da sociedade humana como ela é atualmente conhecida. Por conta disso, a descoberta em Atapuerca constitui a prova mais antiga de um comportamento simbólico de ritual funerário.



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